quarta-feira, 2 de maio de 2012

O conhecimento é transmitido

O conhecimento é transmitido pelo homem desde suas origens mais antigas. E para transmitir esses conhecimentos eles utilizavam métodos, técnicas, formas variadas e que se aperfeiçoam, evoluem no decorrer dos tempos juntamente com o homem. A maneira de repassar essas informações não era através do ensino, mas através do relacionamento mútuo entre eles, onde os mais velhos (experientes) comunicavam esse conhecimento para os mais jovens, que por meio da escuta absorvia as palavras e usava na vida cotidiana.
A didática entra em cena quando começa a ter um olhar mais  preocupado com o processo de ensino que depois de algum tempo se estabelece. Nesse período de formação do que era didática e de sua importância, houve processos formais de ensino, mas que ainda não era algo semelhante ao que temos hoje nas instituições, mais que caminhava para essa vertente.
A didática, como é possível percebermos tem suas raízes muito antes de termos qualquer conceito de educação, ou de qualquer forma de organização educacional. A didática se revelava nas formas, técnicas, maneiras e métodos de ensinar, de transmitir os conhecimentos. Essas mesmas formas utilizadas são hoje usadas, só que de uma maneira mais atualizada, modelada para o nosso tempo.
Mais com o surgimento das escolas, instituições de ensino era preciso uma organização mais acentuada. E isso fez com que surgissem as técnicas e métodos de ensino. O modo de educar, denominamos de Didática.
Com a introdução da didática no modo de ensinas, faz com que nasçam as tendências, ou seja, os caminhos pelas quais são percorridos para repassar o conhecimento. E são variadas as tendências existentes que se adéquam a cada instituição. Como por exemplo, as tendências Socráticas, Aristotélicas  de ensino, que foram aprimoradas e tornaram-se semelhantes as tendências progressista e liberais da atualidade.
Por meio da evolução do ensino, do conhecimento surgiu a necessidade de novas pesquisas, fazendo dessa forma com que a didática seja sistematizada. E um dos nomes dessa sistematização é o de Comenius que preocupou-se em desenvolver  o que chamamos de método de ensino.  Essa e todas as tendências pedagógicas que surgiram se fundamentam na concepção do homem e da sociedade e que tem por função a formação do homem.
O modo que rege a sociedade está ligado diretamente ao sistema que o governa como podemos perceber na história das tendências que determinava os passos da sociedade modelando-a na maneira da tendência predominante da época, como por exemplo, a tendência tecnicista que predominou os anos de 50 e 60.  E como tudo evolui passa por transformações, mudanças, adaptações aconteceram da mesma forma com as tendências. Nos anos seguintes vieram as tendências progressistas e suas várias correntes, libertadora, libertária e crítico-social. Devemos salientar que essa tendência progressista é aquela que mais se aproxima da realidade da sociedade e do individuo. A mesma procura o senso crítico do ser humano, dando a ele o poder ser observador e modelador do meio em que vive.
COMENTÁRIO SOBRE O TEXTO: O CALDEIRÃO MODERNO
            O texto retoma uma discussão sobre a modernidade e seus conceitos. Trazendo indagações como o significado de moderno e do período moderno, com suas características e manifestações culturais, intelectuais e sociais.
            A auto-nomeação de moderno, traz consigo, para os europeus, uma intenção de intelectualizar o pensamento, com forte influencias iluministas. Como o título já fala, toda essa miscigenação se dá a sensação de um caldeirão onde se colocaram muita coisa junta e agora ele esta preste a esborrar. E é com toda essa confusão de ideias que gera um senso comum em que afirma que o modernismo seria algo atual e bom.
Com esse primeiro conceito de modernidade, como algo atual, que se emprega a um período onde a cultura Greco-romana esta tendo outra roupagem. A ciência estava passando a ser mais e mais considerada; o homem estava se vendo no centro de todas as coisas e a Europa estava se expandindo para outros horizontes, se achando a senhora do mundo.
Então toda essa novidade é definida como moderna atual e boa. E onde sem como referencia de antigo, de retrocesso a idade média, denominada pelos os humanistas renascentistas como a “idade das trevas”. Com o renascimento no século XV é visto como a restauração da antiquitas. Onde o homem passa a observar e a interferir em sua própria história, com suas escolhas. O homem começa a acreditar que a partir daí, ele passa a construir o conhecimento e a produzi-lo.
O texto coloca também a questão de oposição entre moderno e o temporal ou clássico, que ocorreu na segunda fase do iluminismo. Já no século XVII a ideia de perfeição renascentista cai por terra, por Charles Perraut, há então dois partidos intelectuais. Gerando toda uma discussão que consideravam os primeiros iluministas mais maduros como ser humano. E os contrários a essa corrente, que se tinha a ideia de que as gerações posteriores acumularam muito mais experiências. Vemos que tanto os modernes, quanto os anciens, tem sua própria importância no tempo da história. Pois para Jauss, ele considera que toda essa discussão nos leva ao redimensionamento que em cada geração tem seus objetivos, costumes e tem a sua própria concepção de mundo.
Com essa nova perspectiva, os iluministas começam a perceber que a sua época é o início de algo. A partir daí, o moderno está voltado para o futuro, que é “novo, bom e auto-suficiente”. Se distanciando do passado como modelo, se deixando levar pelo novo, pelo que vinha a acontecer, a descobrir, a inventar. Esse processo será chamado por Gumbricht de modernidade epistemológica, onde o conhecimento vai ser revisto. Deixando de confiar no conhecimento produzido pelo observador da primeira ordem.
O observador de segunda ordem é auto-reflexo, pois cada observação pode produzir uma infinidade de percepções particulares. A observação será interpretada a partir da percepção do observado, de suas experiências e representações.
A RELAÇÃO ENTRE O EUROCENTRISMO E A IDADE MODERNA

O eurocentrismo é a expansão de ideias como um todo e que teve sua difusão por todo o mundo e que tem sua referencia na sociedade Moderna. 
A história mundial tem sua fundamentação nos principios europeus. Usam a visão de mundo toda com base na europa. Cultura, linguagem e seus conceitos. Usam de elementos  na constituição de uma sociedade moderna e tendo como protagonista principal o homem, de modo particular o homem europeu.
Este principio faz com que toda criação, manifestação de outro continente se torne questionavel, enquanto o europeu concideram suas verdades absolutas.
Toda criação artistica, literaria, conceitual, cultural produzida nos séculos XIX e  parte do século XX tem uma visão eurocentrica e de influencia absoluta em quase todo o mundo. Até mesmo a religiosidade foi afetada por esse pensamento eurocêntrico, como podemos observar nas produções artisticas das Catedais e com as imagens de Jesus, que tem caracteriística do homem da Europa. 
Essa ideologia de centralidade européia ganhou uma proporção tão grande que dentro e fora da Europa existe a visão de que essa representa toda a cultura ocidental no mundo. No entanto, esse fechamento cultural é negativo uma vez que não levam em consideração as inúmeras culturas de civilizações que contribuem para a diversidade sociocultural do mundo, principalmente daquelas nações que foram colonizadas pelos europeus a partir do século XV. Tudo se torna nada, e não é possível que nenhuma construção seja considerada insignificante diante dessa sociedade imposta e que se tornou ponto de referência para todas as outras sociedades mundiais.
Dentro desses conceitos criados pelo Europeu o moderno é dos mais importantes dentro dessa história. A Idade Moderna é um período específico da História do Ocidente. Destaca-se das demais por ter sido um período de grande transição, das principais mudanças. Tradicionalmente aceita-se o início estabelecido pelos historiadores franceses, em 29 de maio de 1453 quando ocorreu a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, e o término com a Revolução Francesa, em 14 de julho de 1789.
O conceito foi muito utilizado no período das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI). Nesta fase da história, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, descobriram novas terras na África e Ásia e implantaram suas culturas (religião, língua, modos, costumes) entre os povos conquistados. Fizeram isso, pois acreditavam que a cultura européia era mais desenvolvida do que a dos indígenas e africanos. Esse “tempo moderno”, porém, se reivindica a partir do Renascimento, movimento intelectual e artístico difundido pela Europa nos séculos seguintes. Para os Iluministas, o Renascimento lançou as bases de uma nova civilização ocidental, buscando na herança greco-romana o modelo de homem, arte e sociedade, descartando-se os valores da sociedade medieval, cristã e agrária.
Por fim é este tipo de história, de cultura, conceito que temos hoje em nossos livros, escolas, mentalidade. Tudo é movido dentro dessa mentalidade. O mundo tenta se desligar de tudo que foi construído dentro desses princípios mais nada se modifica de uma hora para outra, deve ser gradativamente. Começando pela mentalidade e depois por outros caminhos. Nos dias atuais já é mais aceito outras teorias, idéias, pensamentos, isto mostra o desejo de mudança e de um olhar mais abrangente.
O pluralismo cultural é mais aceito. E a cada nova descoberta nos libertamos dessa visão européia imposta e que até então não tinha sido desfeita.
A ARTE E A INDUSTRIALIZAÇÃO

                A arte, segundo alguns, nos remete a objetos consagrados pelo tempo e que se destinam a provocar  sentimentos vários, dentre eles, um, difícil de precisar, o sentimento do belo.
            A civilização industrial tende a nos mostrar, em todas as coisas, possibilidades de consumo e fruição. Mesmo que a arte atual seja vista como simples mercadoria isto não deve impedir-nos de ver de forma um pouco mais abrangente as questões maiores da natureza e das funções da arte.
            A arte tem representado desde a Pré-História uma atividade fundamental do ser humano. Atividade que, ao produzir objetos e suscitar certos estados psíquicos no receptor, não esgota absolutamente o seu sentido nessas operações. Estas decorrem de um processo totalizante, que as condiciona: o que nos leva a sondar a  arte enquanto modo específico de os homens entrarem em relação com o universo e consigo mesmos.
            As obras de arte, desde a Antiguidade até hoje, nem sempre tiveram a mesma função. Ora serviram para contar uma história, ora para rememorar um acontecimento importante, ora para despertar o sentimento religioso ou cívico. Foi só neste século que a obra de arte passou a ser considerada um objeto desvinculado desses interesses não-artísticos, um objeto propiciador de uma experiência estética por seus valores intrínsecos. Assim, dependendo do propósito e do tipo de interesse com que alguém se aproxima de uma obra de arte, podemos distinguir três funções principais para a arte.
            A arte popular aparece associada ao povo, às classes excluídas socialmente, às classes dominadas. A cultura popular não está ligada ao conhecimento científico, pelo contrário, ela diz a respeito ao conhecimento vulgar ou espontâneo, ao senso comum.
            A arte erudita faz parte de uma elite social, econômica, política e cultural e seu conhecimento ser proveniente do pensamento científico, dos livros, das pesquisas universitárias ou do estudo em geral.
            O fato de uma criação artística ser multiplicada torna-a serial, mas não a descaracteriza como arte. Se assim fosse, a arte teria sido aniquilada pela reprodutibilidade juntamente com sua aura. Não podemos deixar de destacar um fato que vem acontecendo com as obras de arte. A obra de arte na era da pirataria. Considerando cultura em sentido bem amplo, é possível cogitar que a pirataria,  ou o que se inventa por aqui com os mesmos recursos que a tornam possível, seja um fenômeno de cultura popular, desencadeado pela popularização dos meios de reprodução de obras artísticas ou não. Mas essa hipótese deve ser cuidadosa e criteriosamente analisada por um cientista social e, ainda que fosse confirmada, pirataria e seus derivados sociais não poderiam jamais representar o Pará como “nossa arte”.



Resumo: Robevânia Pedrosa / Milena de Paula / Wellington José
A ERA DO IMPÉRIOS ( RESUMO DO TERCEIRO CAPITULO)

           Trabalho de pesquisa proposto pelo professor de Contemporânea II do curso de Licenciatura Plena em História, com finalidade de enriquecer o nosso conhecimento na área e mostrar as grandes mudanças e transformações  ocorridas na Era dos Impérios.  

A Era dos Impérios

            Depois de fazermos uma leitura analítico-sistemática do terceiro capítulo da obra de Eric J. Hobsbawm, A Era dos Impérios, é possível destacar a economia capitalista, enfatizando a sobreposição dos “avançados” economicamente sobre os “atrasados”, como afirma Hobsbawn ao dizer que o ritmo era determinado por seu núcleo capitalista, ou seja, pelas grandes potências mundiais. Seria a ditadura econômica capitalista, dando inicio assim ao período tido como dos impérios. Há o desenvolvimento da indústria capitalista. Esse momento da história de acordo com Lênin, não passa de uma das fases do capitalismo: a sua fase monopolista. Seria a tendência do capitalismo a eliminar a concorrência em direção ao monopólio.
            A característica desse momento da história se dá pela ampliação da rede ferroviária, pois era cada vez mais intensa a necessidade de um melhor acesso aos  países considerados “atrasados” para torná-los mais acessíveis, tende em vista que eram fontes de renda direta para os países colonizadores, pois  Segundo Hobsbawn, devido ao desenvolvimento tecnológico, era extremamente necessária à matéria-prima.
            A era dos impérios” nos remete aos processos mais contemporâneos. Nesse sentido, o século XIX, como diz Edward Said, se caracteriza por enunciar o conjunto de enunciações acerca daqueles indivíduos que foram tomados pela dinâmica do expansionismo industrial da época.
            Segundo o autor esse período, entre 1875 a 1914, e o período da história mundial em que governantes de várias partes do mundo se autodenominavam imperadores. Usando de seu poder para conquistas essas nações vistas como subdesenvolvida. Os favorecidos desse período foram aqueles que tinham a economia bem definida e que estavam militarmente bem estruturado como era o  caso da Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha e outros. Até mesmo os Estado Unidos, que até então era colônia, passa a se considerar “avançados”, desenvolvido, tem seu crescimento como potência como nos mostra o texto.
            Foi a era em que se estabeleceu um novo tipo de império colonial. Foi nesse período que houve uma divisão formal do mundo em territórios de dominação política, com exceção da Europa e das Américas. As famosas “zonas de influência” como denomina Hobsbawm, onde o “Império” em questão mantinha o controle.
            Os continentes mais afetados, foram os continentes africano e o pacifico, pois foi inteiramente recordado pelos dominadores, repartidos por diversos impérios europeus, com raras exceções: a Etiópia (que conseguiu resistir ao mais fraco dos Estados imperiais: a Itália), o Marrocos e a Libéria, considerada insignificante, por não oferecerem os recursos que tais potencias visavam.
            A divisão dos territórios e a disputa entre as grandes potencias acarretou em drásticas conseqüências, podemos citar, a Primeira Guerra Mundial.
            Os africanos tiveram seus territórios distribuídos entre os impérios: britânico, francês, belga, alemão, português e em menor escala, Espanhol. A frança foi quem ocupou a maior parte da África Ocidental, no entanto a parte mais produtiva ficou com os britânicos.
            A expansão dos britânicos na África foi justificada pela necessidade de defender as rotas para as índias e também para se defenderem das ameaças das grandes potencias que lutavam por ideais semelhantes. Dentre os países conquistadores, a Grã-Bretanha, foi quem mais se beneficiou com o imperialismo, pois firmou sua supremacia econômica, que sempre teve estreita relação com os mercados ultramarinos e as fontes de produção primaria.
            Já o Pacifico foi talhado entre os britânicos, franceses, holandeses, norte-americanos e alemães. Uma pequena parcela coube ainda ao Japão, não restando nenhum Estado independente.
            Cerca de um quarto da superfície do globo foi distribuído ou redistribuído, como colônia, entre meia dúzia de estados. A divisão do globo entre as potências da época tinha um puro caráter econômico. Era puro investimento, que incentivou o imperialismo. Podemos eliminar o conceito criado posteriormente, que afirmava que o imperialismo era consequência da dinâmica econômica internacional que teve seu tempero na competitividade entre as potencias que queriam o crescimento de suas produções que a cada dia crescia e se intensificava.
            Os impérios asiáticos, ou pelo menos, boa parte deles, permaneceram independentes, muito embora, tenham sido delimitados como “zonas de influência”, devido ao seu desprezo político e militar.
             É possível observar a criação de uma economia global que se estabelecia entre as grandes hegemonias do momento. Houve uma sistematização da economia. O autor considera que a criação de uma economia global única, foi o acontecimento de maior relevância do século XIX.

Então, o fato maior do século XIX é a criação de uma economia global única, que atinge progressivamente as mais remotas paragens do mundo, uma vez mais densa de transações econômicas, comunicações e movimentos de bens, dinheiros e pessoas ligando os países desenvolvidos entre si e ao mundo não desenvolvido.

            Para que houvesse uma continuidade desse poderil era necessário que os dominadores permanecessem conquistando seu espaço no mercado, suas fontes de renda. Esse seria o motivo mais convincente para a expansão colonial. Portanto o ponto a ser destacado é que a economias desenvolvidas sentiu simultaneamente a necessidade de novos mercados, para que houvesse desenvolvimento econômico. Como podemos confirmar com as palavras do autor quando o mesmo ressalta que:             o desenvolvimento tecnológico agora dependia de matérias-primas que devido ao clima ou ao acaso geológico, seriam encontradas exclusiva ou profusamente em lugares remotos.
            Desta forma, a expansão e exploração foram essencialmente para o desenvolvimento do Capitalismo, pois era extremamente rentável o processo de ampliação dos setores econômicos.    
Vale salientar que além de toda exploração cometida, os conquistadores ainda consideram os conquistados como seres inferes em todos seus aspectos, desconsiderando toda e qualquer manifestação cultural dos países invadidos.

A novidade no século XIX era que o não-europeus e suas sociedades eram crescentes e geralmente tratados como inferiores, indesejáveis, fracos e atrasados, ou ao menos infantis. Eles eram objetos perfeitos de conquista, ou ao menos de conversão aos valores da única verdadeira civilização, aquela representada por comerciantes, missionários e grupos de homens equipados com armas de fogo e aguardente.

Criou-se preconceitos com relação aos “países de peles escuras”, como inferiores, como propícios a dominação e que fortaleceram a política imperialista, como podemos conferir nas palavras do compositor da obra.                       Entretanto, é impossível negar que a idéia da superioridade em relação a um mundo de peles escuras situado em lugares remotos e sua dominação era autenticamente popular, beneficiando, assim, a política do imperialismo.
O ciclo de poder e competição envolvendo as superpotências foi muito importante, pois provocou um avanço significativo na economia mundial. Todos esses aspectos levaram a uma competição no plano internacional entre os países industrializados, dando origem, assim ao Imperialismo. As potencias mundiais queria o monopólio do poder e com isso usavam de toda artimanha possível. Como diz Rudolf Hilferding  em sua obra “O Capital Financeiro”, a competição tende a criar monopólios e estes podem controlar outras firmas pequenas com quem negociam. Podemos afirmar que da mesma forma aconteceu no processo de exploração das colônias, onde os países “desenvolvidos” controlam os “subdesenvolvidos” impondo suas ideologias e negociando essas colônias como objetos de mercado.
O capitalismo no ocidente consistia numa pluralidade de economia nacional rivais, onde havia uma corrida diária em direção a conquista de mais poder. Cada uma procurava sobrepor-se a outra.
Houverem tentativas de explicações, não econômicas, para invasão das colônias, para formação do “novo imperialismo”, no entanto sem fundamentações convincentes, como nos mostra o autor procurando destacar que seria algo impossível não haver sentido parcimonioso na opressão das colônias.                               A tentativa de formular uma explicação puramente não econômica para o “novo imperialismo” é tão irrealista como a de explicar em termos puramente não econômicos o surgimento dos partidos operários.
Vale salientar que a economia desregrada causou uma desigualdade econômica entre as metrópoles e os países dependentes. Mas que segundo Hobsbawn encorajou as massas, e sobretudo as potencias descontentes, a se identificarem ao Estado e à nação imperiais.
            Hobsbahawm, defende que mesmo sendo o colonialismo apenas um dos aspectos de uma mudança mais geral das questões mundiais, foi o de impacto mais imediato. Pois causou uma série de transformações nas várias sociedades mundiais, das potências e não potências.
            O imperialismo foi o memento da história onde houve uma estabilidade econômica significativa, onde as potencias conquistaram espaço, fortaleceram sua economia, usaram a ciência como fonte de poder. Avançaram mar adentro conquistando e “descobrindo” novo mundo. Foi produto de uma era de concorrência entre economias industrial-capitalista rivais e de incertezas econômicas, mas que de forma mas clara é o período em que há uma firmação do capitalismo financeiro, onde segundo o autor a exploração coloniais é apenas um sintoma e uma característica dessa nova etapa.    
            O texto ressalta que o imperialismo foi o era onde os padrões da época eram determinados pelos ocidentais. Como nos relata Hobsbahawm ao dizer que, o mais poderoso legado cultural do imperialismo foi uma educação em moldes ocidentais para a minoria de vários tipos.
            A era dos Impérios, foi um momento de grande relevância, pois não se resumiu a acontecimentos econômicos e política, mas a uma série de alterar sociais, culturais e etc.
Contudo, a Era dos Impérios não foi apenas um fenômeno econômico e político, mas também cultural: a conquista do globo pelas imagens e aspirações transformadas de sua minoria “desenvolvida”, tanto pela força e pela instituição como por meio do exemplo e da transformação social.   

         Não podemos deixar de mencionar que o imperialismo trouxe o triunfo de uma pequena porção da sociedade européia que se sobrepôs sobre as outras nações mundiais. Também o período de incertezas. Criaram uma cultura voltada para imagem determinada pelas idéias do europeu. Diz-nos o autor:

Num certo sentido, o imperialismo destacou o triunfo dessas classes e das sociedades criadas á sua imagem como nada mais poderia ter feito. Um pequeno número de países, sobretudo do noroeste da Europa, dominou o planeta.  

         Esta foi a período onde o poder aquisitivo, o poder das classes, determinava o destino de um povo, de uma nação.  Como podemos conferir no texto quando o autor escreve, “um pequeno número de homens das classes altas e média desses países – altos funcionários, administradores, homens de negocio, engenheiros – exerciam efetivamente aquela dominação.”
          Podemos dizer que o prodígio do Imperialismo possui diversas dimensões, entre elas a econômica, a política, a cultural e a ideológica, onde um pensamento eurocêntrico levou um grupo a considerarem-se superiores a todas as outras nações, criando uma séria de estruturas e relações políticas e econômicas que constituíram um marco doutrinal ou um modelo a ser seguido e que nos ajuda a compreender o que os homens denominam impérios.

WellAquino
SEQUÊNCIA DIDÁTICA

TEMA: RELAÇÕES DE PODER
OBJETIVO: Observar a influencia que a Igreja tinha sobre a sociedade medieval. Reconhecendo as causas e conseqüências dessa influencia que fez com que a Igreja se tornasse a mais importante instituição de sua época.  Desenvolver discussões com caráter crítico levando os alunos a terem uma posição sobre a temática. 
CONTEUDO: A Igreja na Idade Média
DESCRITORES DE PORTUGUÊS: D6, D11, D14, D21.
DESCRITORES DE MATEMÁTICA: D1, D36, D37.
ANO/ SÉRIE: 9º ano
TEMPO ESTIMADO: 3 SEMANAS
MATERIAL NECESSÁRIO;  Filme “O nome da Rosa”, textos,  livros e imagens relacionados com a idade Média, mapas e gráficos que ajudarão a explicar a proliferação da cristandade na Idade Média.
DESENVOLVIMENTO:
1ª ETAPA: Conversa com o grupo para diagnosticar os conhecimentos prévios sobre a temática. Relacionando os conhecimentos do aluno trazendo para a atualidade. Perguntas como essas poderão ajudar a desenvolver a discussão: 
Quais são as religiões predominante em sua cidade(engenho) e qual a influencia que exerce?
Porque a Igreja Católica tinha tanto poder na idade medieval?
Hoje a Igreja continua a mantendo esse mesmo poderil?
2ª ETAPA: apresentação o filme “O nome da rosa”, em seguida fazer um breve comentário do filme pedindo que os mesmo façam uma dissertação relacionando o filme com o tema.
3ª ETAPA: Trabalhar em si a fundamentação do assunto. Destrinchando a temática abordada dando subsídios ao aluno para que haja uma maior compreensão do tema fechando com um exercício.
AVALIAÇÃO: Propor um debate dividindo a turma em 3  grupos onde cada grupo ficaria responsável em defender os seguintes pontos:
ü  Primeiro ponto – defender a Igreja
ü  Segundo ponto – acusar os abusos da Igreja
ü  Terceiro Ponto – o grupo vai fazer o papel de advogado do diabo, mostrando as faces negativas e positivas dos pontos supracitados.

REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, CIRCE MARIA FERNANDES. - O ENSINO DA HISTÓRIA
NUNES, SELMA DO CARMO. - CONCEPÇÕES DE MUNDO NO ENSINO DA HISTÓRIA ,EDITORA PAPIRO.
GADOTTI, MOACIR . PENSAMENTO PEDAGOGICO BRASILEIRO, EDITORA  ÁTICA, ANO 2001.