quarta-feira, 2 de maio de 2012

A ARTE E A INDUSTRIALIZAÇÃO

                A arte, segundo alguns, nos remete a objetos consagrados pelo tempo e que se destinam a provocar  sentimentos vários, dentre eles, um, difícil de precisar, o sentimento do belo.
            A civilização industrial tende a nos mostrar, em todas as coisas, possibilidades de consumo e fruição. Mesmo que a arte atual seja vista como simples mercadoria isto não deve impedir-nos de ver de forma um pouco mais abrangente as questões maiores da natureza e das funções da arte.
            A arte tem representado desde a Pré-História uma atividade fundamental do ser humano. Atividade que, ao produzir objetos e suscitar certos estados psíquicos no receptor, não esgota absolutamente o seu sentido nessas operações. Estas decorrem de um processo totalizante, que as condiciona: o que nos leva a sondar a  arte enquanto modo específico de os homens entrarem em relação com o universo e consigo mesmos.
            As obras de arte, desde a Antiguidade até hoje, nem sempre tiveram a mesma função. Ora serviram para contar uma história, ora para rememorar um acontecimento importante, ora para despertar o sentimento religioso ou cívico. Foi só neste século que a obra de arte passou a ser considerada um objeto desvinculado desses interesses não-artísticos, um objeto propiciador de uma experiência estética por seus valores intrínsecos. Assim, dependendo do propósito e do tipo de interesse com que alguém se aproxima de uma obra de arte, podemos distinguir três funções principais para a arte.
            A arte popular aparece associada ao povo, às classes excluídas socialmente, às classes dominadas. A cultura popular não está ligada ao conhecimento científico, pelo contrário, ela diz a respeito ao conhecimento vulgar ou espontâneo, ao senso comum.
            A arte erudita faz parte de uma elite social, econômica, política e cultural e seu conhecimento ser proveniente do pensamento científico, dos livros, das pesquisas universitárias ou do estudo em geral.
            O fato de uma criação artística ser multiplicada torna-a serial, mas não a descaracteriza como arte. Se assim fosse, a arte teria sido aniquilada pela reprodutibilidade juntamente com sua aura. Não podemos deixar de destacar um fato que vem acontecendo com as obras de arte. A obra de arte na era da pirataria. Considerando cultura em sentido bem amplo, é possível cogitar que a pirataria,  ou o que se inventa por aqui com os mesmos recursos que a tornam possível, seja um fenômeno de cultura popular, desencadeado pela popularização dos meios de reprodução de obras artísticas ou não. Mas essa hipótese deve ser cuidadosa e criteriosamente analisada por um cientista social e, ainda que fosse confirmada, pirataria e seus derivados sociais não poderiam jamais representar o Pará como “nossa arte”.



Resumo: Robevânia Pedrosa / Milena de Paula / Wellington José

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