quarta-feira, 2 de maio de 2012

COMENTÁRIO SOBRE O TEXTO: O CALDEIRÃO MODERNO
            O texto retoma uma discussão sobre a modernidade e seus conceitos. Trazendo indagações como o significado de moderno e do período moderno, com suas características e manifestações culturais, intelectuais e sociais.
            A auto-nomeação de moderno, traz consigo, para os europeus, uma intenção de intelectualizar o pensamento, com forte influencias iluministas. Como o título já fala, toda essa miscigenação se dá a sensação de um caldeirão onde se colocaram muita coisa junta e agora ele esta preste a esborrar. E é com toda essa confusão de ideias que gera um senso comum em que afirma que o modernismo seria algo atual e bom.
Com esse primeiro conceito de modernidade, como algo atual, que se emprega a um período onde a cultura Greco-romana esta tendo outra roupagem. A ciência estava passando a ser mais e mais considerada; o homem estava se vendo no centro de todas as coisas e a Europa estava se expandindo para outros horizontes, se achando a senhora do mundo.
Então toda essa novidade é definida como moderna atual e boa. E onde sem como referencia de antigo, de retrocesso a idade média, denominada pelos os humanistas renascentistas como a “idade das trevas”. Com o renascimento no século XV é visto como a restauração da antiquitas. Onde o homem passa a observar e a interferir em sua própria história, com suas escolhas. O homem começa a acreditar que a partir daí, ele passa a construir o conhecimento e a produzi-lo.
O texto coloca também a questão de oposição entre moderno e o temporal ou clássico, que ocorreu na segunda fase do iluminismo. Já no século XVII a ideia de perfeição renascentista cai por terra, por Charles Perraut, há então dois partidos intelectuais. Gerando toda uma discussão que consideravam os primeiros iluministas mais maduros como ser humano. E os contrários a essa corrente, que se tinha a ideia de que as gerações posteriores acumularam muito mais experiências. Vemos que tanto os modernes, quanto os anciens, tem sua própria importância no tempo da história. Pois para Jauss, ele considera que toda essa discussão nos leva ao redimensionamento que em cada geração tem seus objetivos, costumes e tem a sua própria concepção de mundo.
Com essa nova perspectiva, os iluministas começam a perceber que a sua época é o início de algo. A partir daí, o moderno está voltado para o futuro, que é “novo, bom e auto-suficiente”. Se distanciando do passado como modelo, se deixando levar pelo novo, pelo que vinha a acontecer, a descobrir, a inventar. Esse processo será chamado por Gumbricht de modernidade epistemológica, onde o conhecimento vai ser revisto. Deixando de confiar no conhecimento produzido pelo observador da primeira ordem.
O observador de segunda ordem é auto-reflexo, pois cada observação pode produzir uma infinidade de percepções particulares. A observação será interpretada a partir da percepção do observado, de suas experiências e representações.

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