Estação Ferroviária de Joaquim Nabuco - O ponta pé para o desenvolvimento
O nosso projeto sobre a memória e patrimônio histórico, será direcionado a formação e desenvolvimento, econômico e social da cidade de Joaquim Nabuco, com a construção da estação ferroviária. Pois a mesma tem participação essencial para cidade e seus habitantes. Iremos relatar o surgimento da vila preguiça, que posteriormente se tornará município de Joaquim Nabuco. Buscando enfatizar a ferrovia, que divide a cidade, e a estação que até hoje se encontra, com outros fins, resistindo ao tempo.
“ A origem do surgimento do povoado de Joaquim Nabuco, com dúvida alguma, partiu da construção da ferrovia, iniciada em Recife, com destino a Vila de Água Preta, idealizada pelo Dr. Pedro de Araújo Lima, o Marquês de Olinda, apoiado economicamente pelo Sr. Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, com aprovação e concordância de Sua Majestade, o Imperador om Pedro II.” (Dr. Oscar de Azevedo Brandão)
No século de XIX o Brasil estava passando por transformações em seu transporte, pois o trem chega ao Brasil como um grande facilitador, de transporte tanto de pessoas, mas principalmente de carga, cana-de-açúcar e escravos, no caso do nordeste.
A escolha da sua localização se dá por causa da geografia do local e da influencia da família Alves da Silva, tendo como figura principal, o Coronel José Alves, do engenho Pumaty. Que fez também doação de terrenos para a construção do edifício da estação e a extenção por onde passariam os trilhosdaThe Recife and São Francisco Railway CcLtd. ,de responsabilidade dos irmãos Eduardo de Mornay e Alfredo Mornay.
“A construção da ferrovia, na realidade foi obra do aventureirismo, não só pela ausência de técnicos, como também pela audácia no desbravamento da floresta virgem, terrenos acidentados, região pântanos, córregos, riachos correntes, animais ferozes, ofídios venenosos, esforço, coragem, e vontade decisiva dos nossos antepassados.” (Dr. Oscar de Azevedo Brandão)
A estação foi construída por caboclos da vila preguiça, como era chamado o futuro munícipio de Joaquim Nabuco, e de vilas e engenhos da região. Tendo ação destacada por também abrirem caminho para os trilhos, que irão chegar até Água Preta.
Claro que não se pode esquecer a participação dos ingleses nesse projeto, podemos citar alguns como: M. A. Borthwick; Charles Neate; Alfred de Mornay; G. O. Mann; Willian Michael Penniston; Henry Spencer; JojnWhitfield; Thomas Harrison; Julius Meklemburg; Eduard Plumb; Lewis Moorson; Willian Rogers; James Templenton; James Wood; J. Scott Incker; Thomas Lowden; R. B. Gardener; Ernest Denis Street; Gregory; Gallot; W. Dent.
Vale salientar que não houve participação de mão-de-obra escrava, pois os Senhores de engenho se mostraram bem esperto, nesse aspecto.Antes do início da construção, interviram aSua Majestade, o Imperador Dom Pedro II, que por meio do ato oficial, tornasse proibido definitivamente o aproveitamento de escravos para uso de tal fim, a construção da estação e da ferrovia.
Com o início da construção da estação e da ferrovia a vila preguiça estava cada vez mais povoada e movimenta, ocasionando aos primeiros comerciantes. Destacando a figura do Sr. Manuel Amaral, José Alves, Antonio da Cunha Pereira Brandão, Manuel Francisco Angeiras, José da Costa Quintas, todos portugueses, que vieram da capital do Estado para a zona da mata. Houve também brasileiros que fizeram parte do desenvolvimento comercial e consequentemente econômico da então vila. Podemos citar: Cristóvão Azevedo, Benjamim Pereira de Araújo, José Ildefonso de Melo, José Romulo d’Albuquerque, Eugenio Moura, Manuel Cavalcante, Pedro Demétrio Pereira de Melo, Alfredo da Cunha Brandão, Francisco Pereira Lima, Antônio, Augusto Pinto Ribeiro (português),José Guilherme da Silva, Francisco Carvalho, João de Freitas, Lourenço Américo de Miranda, Alberto Villar Marrocos Mendes, Arthur da Cunha Brandão, Francisco Alves de Castro, Ildefonso Lessa e Pedro de Castro Sá Barreto.
E com o comércio da vila se desenvolvendo, a mesma vai se tornando mais povoada e consequentemente nascendo ali uma sociedade cada vez mais organizada. E com ela uma nova cultura que se confunde com o surgimento daquele povoado, que se tornou uma vila até chegar a s o munícipio de Joaquim Nabuco.
Por isso que não há como separar a história da cidade com a estação que nela reside, que se tornar ponto de partida para o desenvolvimento do munícipio. Com isso a estação torna-se um patrimônio da memoria da cidade, onde suas paredes desgastadas nos revela a herança cultural e histórica de uma cidade.