A PRÉ-HISTÓRIA DA PENÍNSULA IBÉRICA
A PRÉ-HISTÓRIA DA PENÍNSULA IBÉRICA
O estudo aprofundado da Pré-história da Península Ibérica nos portará a descobrir a importância dessa grande fase na história da humanidade. Poderemos observar sua influência, seus aspectos e sua organização, que de uma forma ou de outras contribuiu para formação das sociedades futuras a esse período.
Através de uma abordagem sistemática analisaremos alguns aspectos da pré-história da Península, do desenvolvimento humano e da ocupação do território, mesclando os vários momentos históricos desse período e absorvendo os pontos mais importantes e marcantes poderemos caminhar juntos fazendo uma analise crítica desse tempo na Península Ibérica.
Nos situaremos de inicio com a chegada dos primeiros habitantes na Península que cronologicamente não é exata, porém segundo alguns estudiosos, podemos apontar uma época que mais ou menos se aproxime do período exato dessa ocupação, que seria há cerca de 1,2 milhões de anos atrás, se descarta a possibilidades de vidas anteriores a essa datação.
A Península Ibérica, ao longo dos tempos, teve movimentações de povos e populações em várias épocas da analisada pré-história. Todos os povos antes do período da Idade do Ferro têm uma origem desconhecida sendo qualquer datação uma hipótese.
No decorrer do estudo referente aos períodos pré-histórico da Península, o paleolítico, mesolítico, o neolítico e todos os outros, poderão ser observados as primeiras contribuições dos primitivos para as sociedades posteriores.
O Paleolítico é o momento das primeiras descoberta onde os povos pré-históricos da península desenvolveram utensílios de pedra, osso, madeira que facilitaram o desenvolvimento da comunidade primitiva. Aparecem machados, martelos, lâminas cortantes e arpões feitos de pedra lascada. Fabricaram anzóis e agulhas de osso, arco e flecha de madeira. Usavam trajes de pele para se abrigar do frio. Caça, pesca e colhe frutas e raízes como meio de vida. Usa o fogo para cozimento de alimentos e defesa contra animais. Vivem em pequenos grupos nômades e abrigam-se em cavernas. Desenvolvem a linguagem para se comunicar. Através da observação, e de sua inteligência o homem vai descobrindo meios de dominar a natureza e usá-la em seu favor.
O período intermediário não se fez sentir com tanta força, pois não trouxe grandes mudanças assim como poderemos observar veremos no Neolítico, por esse motivo não nos deteremos no mesolítico, deixando claro, no entanto, a existência de fatos significativos, que contribuíram na composição posterior. Como por exemplo, citaremos que neste período, o homem conseguiu dar grandes passos rumo ao desenvolvimento e à sobrevivência de forma mais segura. O domínio do fogo foi o maior exemplo disto. Com o fogo, o ser humano pôde espantar os animais, cozinhar a carne e outros alimentos, iluminar sua habitação além de conseguir calor nos momentos de frio intenso. Estas culturas não surgem em todo o lado ao mesmo tempo nem têm idêntica duração.
No Neolítico a um aprimoramento das técnicas de domínio sobre a natureza. O clima é mais favorável a vida, pois até então o clima era um das principais dificuldades de adaptação desses povos. Começaram a viver em grupos maiores formando as primeiras aldeias, surgindo dessa forma as primeiras organizações das sociedades que já no Paleolítico esboçava um aparecimento, no entanto é no Neolítico que começa sua organização através dos clãs. Passaram a ser sedentários deixando de ser nômades, assumindo essa nova forma de vida, obtendo dessa maneira certa desenvoltura nos aspectos sociais.
É notável a evolução nesse período, pois em muitos âmbitos alcançaram um grande enriquecimento tecnológico-primitivo. Deixaram de viver em cavernas de forma rudimentar e passaram a viver em habitações feitas de paliçadas e palafitas por eles construídas ganharam formas civilizadas. Aperfeiçoaram seus utensílios, armas e instrumentos. Utilizaram barros para fazer potes e jarros de cerâmicas. Construíram jangadas, canas e barcos facilitando a navegação pelos mares.
O homem se estabeleceu na terra e desenvolve a agricultura e utilizando-se de animais no trabalho, no transporte e não somente para alimentação. Surgem também manifestações religiosas baseada nos fenômenos da natureza.
Através desse contexto é possível enxergarmos uma sociedade bem estruturada com traços semelhantes aos que nas sociedades atuais. Traços de uma organização econômica produtora proporcionando um maior controle das fontes de alimento.
Com o desenvolvimento da economia ocorrido no Neolítico a uma desigualdade no ampliação das capacidades de produção, definindo os regionalismo e variabilidade dos grupos humanos criando diferenças de tradições e força produtiva nas distintas comunidades.
Outro momento onde devemos dar uma devida atenção é a Idade dos Metais onde se desenvolveu através dos metais misturados a outros metais. Este é o período de grande expansão do Megalitismo. Nesse momento desencadeia-se a chamada “Revolução dos produtos Secundários”, abrindo caminhos para inovações tecnológicas ausentes do Neolítico antigo, como também o uso do cavalo para montaria, a metalúrgica, o arado, a roda e o carro de boi que facilitou no transporte de cargas pesadas. E sem nos esquecermos do desenvolvimento do comercio a distância que abriram horizontes para o conhecimento de novas culturas. Contribuindo não só na troca de produtos, mas também de costumes que foram absorvidos e associados a sua cultura. Começaram a aparecer a comunidades Urbanas, mas marcante no sul do território.
E outro fator primordial que possibilitou a regularização dos contatos entre estes povos foi a navegação marítima. Devido a estes fatores abriram-se as vias de contato econômicos e culturais que contribuíram para definição da Idade do Cobre.
Já na Idade do Ferro, período da metalúrgica, caracterizado pela utilização do fero como metal importado. Este período é dividido em período da cultura de Hallstall e período da cultura de La Téne. Na Europa Central o Período é divido em quatro:
Cultura dos túmulos, cultura dos campos de urnas, cultura de hallstatt e cultura de La Téne.
Outros aspectos da pré-história da Península nos vários períodos que seria importante fazermos referência são os conceitos de sociedades, novos rituais religiosos devido a influencia de outros povos. Fundação de alguns pontos comerciais que estimularam o crescimento científico e econômico melhorando toda sociedade pré-histórica.
Estes e outros fatores supracitados influenciaram para encaminha os rumos da Península Ibérica em todos os âmbitos da sociedade. Traços religiosos, econômicos, sociais, políticos podem ser observados na Península. Mas nenhum é tão evidente como a miscigenação dos vários povos que passaram por este território. Fenícios, gregos, cartesianos, primitivos ou não, todos deram sua contribuição, deixaram sua marca na formação cultural, social, ética e política da península Ibérica.
Wellington Aquino
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